Passou batido, mas em fevereiro passado completou-se dez anos da aquisição do Airbus A319 CJ presidencial, batizado de Santos Dumont mas que ficou conhecido durante um tempo como “Aerolula”, por causa do presidente que determinou sua compra por 56,7 milhões de dólares.
Pelos padrões da aviação moderna, e obtendo manutenção cuidadosa e frequente, não se pode considerá-lo uma aeronave “velha”, mas é sem dúvida um avião rodado: até hoje, o avião presidencial voou precisamente 9.779 horas e 10 minutos, realizando um espantoso número de pousos — exatos 6.747. Há alguns meses, o Palácio do Planalto desmentiu que a presidente Dilma tivesse a intenção de comprar um avião maior e mais novo para atender à Presidência.
O primeiro voo para o exterior do aparelho foi logo depois, no dia 27 de janeiro, levando Lula e comitiva para Zurique, na Suíça, de onde o então presidente seguiu para a pequena cidade de Davos para participar do encontro anual do Fórum Econômico Mundial. Mais uns dias e, a 1º de fevereiro, e a aeronave conduziria o então vice-presidente José Alencar para Maputo, capital de Moçambique, em visita oficial.
O voo mais longo do Santos Dumont foi entre Glasgow, na Escócia, e Brasília, numa distância de 5.100 milhas náuticas (9.445 quilômetros).